PÓ DE ARROZ SIM SENHOR

Quarta- Feira passada o maior do mundo estava todo colorido. Tricolores do céu e da terra lotaram o Estádio Mario Filho para ver a volta do Fluminense na Taça Libertadores da América. Até os que já foram(Nelson Rodrigues, Telê, Dr. Cid e o sobre natural do Almeida) desceram para ver a volta do Pó de Arroz ao Maracanã.

Não vou falar da Máquina Tricolor da década de 70, pois esta não a vi jogar, mas posso comparar este carrosel do Renato, com aquele tri-campeão estadual da década de 80, onde tínhamos Jandir, Delei e Romerito formando um meio de campo arrasador, pois é impossível não relembrar do paraguaio ao ver o argentino Conca tocar na bola, com maestria e na sinfonia do tango ele segue os passos do funkeiro Thiago Neves, o qual lança, chuta, passa e faz gol, muitos gols.

Se em 80 nós tínhamos o casal 20, formado por Assis e Washington, o que falar do artilheiro dos gols bonitos, o Dodô, só ontem foram dois, garantindo a ele a vaga de titular. Em 80 Assis era o carrasco do Flamengo, pois não há tricolor que esquece do gol aos 44 do segundo tempo por baixo das pernas do glorioso Raul. Agora Dodô chega para deixar seu nome gravado no time em que o revelou, dois gols, perdão, golaços, jogadas brilhantes e o jeito maroto de ser já faz dele o maior dos Sinistros atacantes do tricolor. Os mais de 35mil torcedores cantavam eufóricos ontem no estádio:

Ô, ô, o o o, Dodô é sinistro.

O xará Washington é artilheiro de carterinha, noite passada quando já estava 4 a zero eu poderia apostar que o Coração Valente iria deixar o seu, ora, num jogo de tantos gols, o camisa 9 nunca passa em branco, e não foi diferente, o quinto saiu de seus pés, trombando com zagueiros e a bola rolando vagarosamente para o fundo das redes, ele deixou a sua marca também.

Foram 6 ontem a noite, a maior goleada de um time brasileiro em cima dos argentinos na Libertadores, foram atacantes, lateral, e meio-campo duas vezes deu ao Fluminense o primeiro lugar do grupo e a certeza dos apaixonados tricolores de que podem, sim senhor, levar muito pó de arroz para o maior do mundo porque o show está só começando.