quinta-feira, 22 de maio de 2008

Eu Fui

Carros com bandeiras tricolores, berros pelas janelas dos mais afoitados, uma mistura de nervosismo, medo e confiança.
O maior estádio do mundo nunca foi tão colorido como ontem a noite, milhares de pessoas tentando ficar na melhor posição para ver o Fluminense, famílias inteiras se arrumando nas arquibancadas, mas na hora que o jogo começou, ninguém sentou, todos os tricolores, puxados pela metamorfose electro espacial que nos faz nascer tricolor, estavam em pé, pulando, gritando, aplaudindo o tricolor das Laranjeiras. No início da partida uma chuva branca de pó de arroz caiu pelas arquibancadas, todas as organizadas do Flu unidas em uma só voz, uma só vontade; apoiar o time tantas vezes campeão, a qualquer custo, com palmas, vozes e pensamento positivo.
Um gol logo aos 12 minutos e o time jogando bem como jogava, era mais que perfeito, era quase inacreditável. Porém acreditar, foi o que a legião tricolor fez na noite de quarta-feira no Mário Filho.
Acreditou até o fim, até o último minuto que dava, pois sabiamos que dava para ganhar do São Paulo por dois gol de diferença.
Mesmo com o gol dos bambis, sabiamos que tinhamos Dodô, que fez um minuto depois.
O Ceni não acreditava, nem o Adriano, o Murici já dara por fim de jogo, foi quando ele apareceu, Ele, o Almeida, o sobrenatural de Nelson Rodrigues, sentadinho ali, na trave a direita das cabines de rádio, no mesmo lugarzinho que escrevi aqui dois dias antes, com um toque de classe, ou melhor de mão do Almeida, chegamos ao terceiro e matador gol.
Estamos em maio, mas ontem a noite o Rio reviveu o carnaval carioca, em alto e bom estilo, mas não tinha baile vermelho e preto, de foliões só mesmo tricolores dançando pelo salão da vitória como numa noite do Rio antigo.
Eu fui, e aqui tentei passar o que foi lá estar, mas um jogo de libertadores, com 80 mil pessoas no Maracanã e seu time sair vencedor é igual beijar na boca, tem que sentir para saber como é.

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