segunda-feira, 30 de junho de 2008

Eu sei que vou te amar

O amor é um sentimento que inclui paixão, ódio, cíumes, ternura, medo, angustia e por ai vai milhões de outros sentimentos acalorados no coração do torcedor.

Ir ao estádio, torcer, gritar, xingar, xingar novamente, as vezes brigar, mesmo que seja com o cachorro, são amores de um fruto proibido entre o torcedor e seu clube.

O Fluminense voltou de uma goleada sofrida nas alturas de Quito, e a resposta amorosa da torcida apaixonada foi a calorosa vibração de acreditar que o time ainda pode responder a esse amor, ganhando o título tão sonhado e esperado pelos amantes do futebol.

A torcida do Corinthias sente um calor amoroso mais constante ao clube do Parque São Jorge,jogando a segundona que antigamente. Isso é uma enorme demonstração de amor e ódio vivida página por página como num romance policial.

O Sport ainda festeja com a torcida o caneco da Copa do Brasil, não importa se perdeu ontem de novo ou se perderá amanhã também, como um marido apaixonado que fora traído, mas ainda ama sua mulher, os torcedores do Sport estão prontos para perdoar qualquer coisa que o time venha a fazer.

E o Flamengo? Ah, nunca vi urubus tão alegres desde a despedida do professor Joel. Líder do brasileiro com Obina marcando duas vezes, nem o mais apoteótico amante do time da Gávea poderia imaginar que viveria dias felizes novamente com o amante corneado na frente de milhões de testemunhas.

O futebol brasileiro é um amante cafajeste, desses que nem padre salva, não há crítico da bestalidade que possa explicar que amor é esse que vem de dentro das vértices umbilicais, no nascimento de uma paixão que nunca, repito, nunca morrerá.

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